18 de maio de 2016

O Pacto.



Era uma noite escura
Nem havia lua
Eu perambulava pelo deserto
Eu estava incerto
Minha alma vazia
Nada a cobria
Foi quando pisei errado
Acabei sendo picado
Uma grande serpente
Me feriu com sua boca ardente
Logo reconheci, venenosa ela era
Pois era preta com uma listra amarela
O desespero me tomou
Já estava triste, mas isto me acabou
Me ajoelhei, as mãos erguidas
Muito orei, mas as preces não foram atendidas
Então me lembrei de alguém que me ajudaria
O Diabo. Sim, ele o faria.
Pois na hora que eu o chamei
Ele apareceu e eu me alegrei
Um pedido eu podia fazer
Ele iria me atender
Pois no final ele teria minha alma
Então eu logo respondi, sem calma:
“Quero ser imortal.”
“Então nos encontraremos no final.”
Assim, passou-se muito tempo
Eu nem me lembro
Mas eu estava afortunado
Feliz, rico e adorado
Mas a mão da morte me tocou
E o chamado para o além chegou
Assim, caí em suas garras
O Diabo me esperava, dando gargalhadas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário