30 de janeiro de 2018

O Mestre: Cientologia e Sociedades



Mais um impressionante filme de Paul Thomas Anderson, o mesmo diretor de Sangue Negro (2007) e Magnólia (1999). O Mestre nos mostra a jornada de um homem tentando se encaixar em um mundo que não é dele, apenas pelo prazer de fazer parte de uma irmandade.

Os filmes de Anderson sempre lidam com temas como esses, que exploram a natureza das sociedades humanas e como interagimos. Neste filme, Joaquin Phoenix interpreta Freddie Quell, um veterano da Segunda Guerra que se vê sem rumo assim. Mandado de volta pra casa, ele é acolhido por um culto chamado "A Causa" liderado pelo "Mestre".

O que mais impressiona são as atuações. Além de Phoenix, temos Philip Seymour Hoffman interpretando O Mestre, um homem adorado por seus seguidores mas visto com maus olhos por muitos outros, até o próprio Quell. Também temos Amy Adams como Peggy, esposa do Mestre. Todos esses três foram nomeados a Oscares, mas nenhum ganhou.

A Causa mostrada no filme tem paralelos com a Cientologia, uma espécie de religião ou filosofia criada nos anos cinquenta por L. Ron Hubbard, um escritor americano. Os membros da cientologia participam de diversos rituais para purificar a alma e se livrarem de antigos pesos que, segundo os cientólogos, estão sendo carregados há bilhões de anos.

Assistindo ao filme, é fácil perceber o motivo de Freddie Quell investir seu tempo na Causa, a vista de como sua vida estava. E é interessante como o diretor nos mostra detalhe por detalhe de todo o processo de anos. É um filme bem detalhista, por isso que é ótimo.

Embora eu tenha gostado de O Mestre, ainda acho que Sangue Negro é um filme melhor. Paul Thomas Anderson é um grande diretor. Seu mais novo filme, Trama Fantasma, foi indicado a vários Oscares, mas eu boto pouca fé neste.

Paz.

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