Jó atravessava um deserto em seu camelo. Estava indo encontrar sua família na cidade mais próxima, cerca de quinze quilômetros de onde ele estava. Jó carregava muita comida e bagagens, pois estava indo morar com seus parentes.
Aconteceu que um viajante apareceu ali, vindo do meio do nada. Vestia poucas roupas, estava sujo e parecia bem abatido. Correu em direção a Jó abanando os braços.
- Senhor! Senhor! - o viajante gritava - Me ajude! Meu nome é Pedro. Estava atravessando este deserto com meu camelo e quatro bandidos apareceram e roubaram quase tudo que era meu.
- Ó, meu pobre rapaz! - disse Jó - Isso é uma pena. Espero que Deus faça esses bandidos pagarem. Venha, suba na garupa de meu camelo. É um animal forte e resistente. Posso levá-lo até a cidade mais próxima, que é para onde estou indo. Lá as autoridades poderão ajudá-lo. Meu nome é Jó, a propósito.
E eles assim se conheceram. Pedro e Jó, montados nas costas do velho camelo, se dirigiram para o norte. Mas os pensamentos de Pedro eram malígnos. De sua bainha, escondida debaixo de sua caixa, tirou uma longa faca que refletia a luz do sol. Com ela, golpeou o pobre Jó nas costas duas vezes.
Jogou o corpo no chão, roubou suas roupas e tomou seu camelo, junto com todo o resto. Mudou a direção do norte para o leste, e depois de horas, chegou em sua casa.
Essa é uma estória clássica e trágica. Bandidos matam sem piedade pobres almas que apenas queriam ajudar. No final, eles gozam da ruína alheia.
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