Ao meu lado, minha namorada. Tirei os olhos da faca e os pus nela. Seus olhos brilhavam, um brilho ímpar, mas no fundo havia alegria. Estava feliz por mim.
- Continua. - ela disse.
O suor descia pelo meu rosto. Na minha frente estavam meus amigos. Que situação estranha. Meu camaradas Rodrigo e Paulo estavam lá e Marcos também.
Todos aguardavam o próximo golpe, todos ansiosos em me ver cortando aquele corpo gordo e macio em cima da mesa como um açougueiro que estilhaça uma perna de porco.
Desci a arma branca lentamente. A lâmina entrava, o fluído vermelho jorrava, o cheiro era único, um cheiro que todos ali apreciaram.
Então, eu coloquei aquele pedaço num pequeno prato que estava ali perto e o levantei.
- Feliz aniversário! - todos disseram.
Eu nunca quis uma festa surpresa.
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